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Consciência negra

Comemoração do Dia da Consciência Negra teve cultura e debates em Araçatiba

Encerramento contou com participação da cantora Mariana Cunha e da Escola de Samba União de Maricá

Publicado em 23/11/2021 às 18:39
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Programação cultural que atraiu o público para a tenda montada em frente à Praça Tiradentes, em Araçatiba. (Foto: Evelen Gouvêa/PMM)

A comemoração pelo Dia da Consciência Negra, iniciativa da Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher, encerrou no domingo (21/11) com programação cultural que atraiu o público para a tenda montada em frente à Praça Tiradentes, em Araçatiba.

A noite apresentação do grupo Ruasia (de hip hop e poesia de rua) e shows com a cantora Marianna Cunha, que levou repertório de Alcione, Gonzaguinha e Jorge Ben Jor, além da bateria da escola de samba União de Maricá.

No sábado (20), quando a data é comemorada, o espaço recebeu uma grande roda de conversa, onde as dificuldades vividas pela comunidade negra foram debatidas e compartilhadas por um grupo de intelectuais e de pessoas da plateia que participaram.

Um menino e uma menina, ambos na faixa dos 11 anos de idade, deram um testemunho tocante sobre casos de racismo em suas escolas.


Educação como instrumento contra o racismo


Na abertura do evento, na sexta-feira (19), houve palestras com os temas: “O Genocídio da Juventude Negra e Periférica” e “Brasil e as Diásporas Africanas” e encerramento com Corello DJ.

Durante o debate, a educação foi apontada por todos os palestrantes como principal instrumento para reverter o racismo existente.

Um dos mais aplaudidos foi o subsecretário de Educação de Maricá, Rodrigo Moura, que reforçou o ambiente escolar como instrumento de transformação e destacou as ações da rede pública de Maricá neste processo.

“Aqui, estamos realmente além da curva, na contramão das políticas públicas de estado. Optamos pela formação e humanização quando falamos das necessidades do negro e do índio, criando uma cidade de fato educadora. Maricá é hoje uma referência no setor, mas queremos que o estado do Rio e a nação também sejam”, afirmou.

A vice-presidente da subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Maricá, Luciene Mourão, reforçou que políticas afirmativas são necessárias.

“Vimos hoje crianças falando de racismo, algo que nunca tivemos e temos de impedir que o que foi relatado por elas continue acontecendo. Consciência negra é falar sobre negritude e sobre as necessidades do povo preto. Temos de ter esse evento todo ano e manter o debate”, avaliou.

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