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Economia

Comércio projeta uma retração de 4,8% nas vendas para o Dia das Crianças

Mesmo diante das dificuldades,comerciantes seguem esperançosos

Publicado em 06/10/2020 às 00:43
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O comércio brasileiro já começou os preparativos para a próxima data comemorativa (Foto: Portal de Notícias Chapecó)

O comércio brasileiro já começou os preparativos para a próxima data comemorativa que costuma movimentar as vendas: o Dia das Crianças. Porém em meio a uma forte crise devido à pandemia da Covid-19, esta data para os comerciantes está sendo vista como pequena salvação, principalmente para o comércio de rua, que foi o que mais sofreu com as medidas de isolamento social.

Vale destacar que o cenário de expectativas para a data em 2020 é, no entanto, bem diferente do ano passado, quando todo o contexto indicava um bom crescimento nas vendas no Dia das Crianças. A estimativa acabou se concretizando em números, com um aumento de 3,9% em relação ao ano de 2018.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta uma retração de 4,8% nas vendas para o Dia das Crianças, comemorado na próxima segunda-feira, dia 12 de outubro. Segundo os dados da pesquisa divulgada hoje (6) pela entidade, esta é a primeira retração depois de quatro anos, mas não é a pior já registrada, pois a queda em 2016 foi de 8,1%. 

De acordo com a CNC, a data é a terceira mais importante para o varejo nacional, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. A expectativa é movimentar R$ 6,2 bilhões neste ano. Em maio, a entidade projetou queda de 60% nas vendas para o Dia das Mães, momento em que as curvas de contágios por covid-19 estavam em crescimento acelerado no país e o comércio estava fechado por causa das medidas de isolamento social para conter a pandemia. 

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, dificuldades enfrentadas no mercado de trabalho, que registra desemprego em alta, aumento da informalidade e subutilização da força de trabalho, prejudicam as vendas deste ano. 

“Este é um desafio para o setor não apenas para esta data comemorativa, mas também para as demais que estão por vir. A redução do valor do auxílio emergencial, a partir de setembro, também deverá dificultar a retomada das vendas, mesmo em um cenário de inflação e juros baixos.” 

Apesar da crise provocada pela pandemia, os comércios fazem adaptações por parte do varejo. Uma delas é o tipo de produto ofertado. Supondo que há uma grande parcela das crianças ainda sem estimativa de data para voltar às aulas, os brinquedos ganham maior importância, bem como os celulares, ressaltando que esse é atualmente um produto necessário para que os alunos assistam as aulas.

"Assim, é esperada uma maior procura pelos educativos e pelos que têm uma capacidade de entreter por um longo tempo. Isso já pode ser percebido no aumento das buscas por brinquedos para meninas que estimulam o convívio social, no lugar daqueles voltados apenas para a diversão" - explica Maria das Graças vendedora.

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