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VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA

Famílias que perdem parentes para a violência tem amparo em secretaria do RJ

São Gonçalo foi a cidade da região Metropolitana que teve o maior número de famílias assistidas pela Secretaria Estadual de Vitimados por perda de parentes

Publicado em 03/08/2020 às 22:21

Major Priscila Azevêdo quando assumiu a secretaria em novembro de 2019. (Foto: Domingos Peixoto / O Globo)

Criada em agosto do ano passado, a Secretaria estadual de Vitimados (Sevit) vai completar um ano na próxima quarta-feira, dia 5.

Ao logo dos quase 365 dias, a pasta já disponibilizou quase 700 atendimentos psicológicos e jurídicos no Rio.

A maior parte das assistências foi para famílias que perderam parentes para a violência. São Gonçalo, na região Metropolitana, é a cidade que mais teve ajuda.Duque de Caxias e Belford Roxo, ambos na Baixada Fluminense, além de bairros da Zona Norte do Rio também são as regiões com o maior número de atendimentos.

"Foram apoios às vítimas de fatos que aconteceram antes da criação da secretaria, algumas delas têm acompanhamento psicológico até hoje, e também assistência às famílias de pessoas que perderam a vida ou perderam os movimentos por conta da violência" destaca Pricilla Azevedo Barletta, secretária da Sevit. 

Entre as pessoas que recebem assistência da pasta está a família do segundo sargento da PM Luiz Felipe Pinto Rodrigues, ex-segurança do ex-secretário de governo Cleiton Rodrigues, morto em março durante uma tentativa de assalto em Laranjeiras.

A dona de casa Ana Paula Gomes Rosa, de 44 anos, esposa do militar, afirma que “perdeu o marido para a violência” e que recebeu assistência jurídica e psicológica da pasta.

"(Desde a morte do Luiz Felipe) eu tenho recebido atendimento psicológico e qualquer tipo de assistência" afirma. 

Quem também teve apoio psicológico, de acordo com a secretaria, foi a família da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, morta na Comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, em setembro do ano passado após o cabo da PM Rodrigo José de Matos Soares, atirar a esmo em direção a uma moto. 

"A cidade do Rio em si tem um número muito grande de atendimentos. No entanto, é muito sazonal. Em alguns meses tivemos muito atendimentos em São Gonçalo, depois Belford Roxo e Caxias. Se compararmos com os números dos ISP, os atendimentos, realmente, acompanham as incidências. Então, é tudo muito de época. Agora, temos um tempo que os números de São Gonçalo e Caxias vêm diminuindo. Pode-se dizer que a maior parte dos casos (de atendimentos) se concentra na Região Metropolitana — afirma Pricilla. 

A partir de setembro, o órgão deverá inaugurar o Centro de Atendimento aos Vitimados, que ficará dentro do Parque Aquático Júlio De Lamare, no Maracanã, na Zona Norte do Rio.

Cariocas e fluminenses, além dos agentes de segurança pública do estado, acometidos pela violência terão: fisioterapia, educação física, hidroterapia e ginástica adaptada. Tudo isso, de graça. 

Atendimentos na pandemia 

Desde março até agora, em parceria com 134 profissionais voluntários da Secretaria estadual de Saúde, a pasta também atendeu mais de 5 mil pessoas com algum tipo de vulnerabilidade devido ao coronavírus.

Foram pessoas que queriam tirar a própria vida, idosos com algum tipo de comorbidade e que estavam sozinhos em suas residências.

Além de infectados pela doença e familiares de pessoas que morreram em decorrência da Covid-19.

Ao todo, foram mais de 10 mil atendimentos, já que algumas pessoas precisaram de acompanhamento.

Além disso, moradores de outros estados, como Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Norte, Amazonas, Bahia, Pernambuco e Pará, receberam ajuda.

Todos os atendimentos foram realizados por psicólogos das secretarias remotamente, por telefone ou via internet.

O atendimento ainda pode ser solicitado pelo WhatasApp (21) 99408.327, pelo e-mail: atendimento@sevit.rj.gov.br, ou pelas redes sociais da secretaria.

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