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Secretário de Administração Penitenciária do Rio é preso pela PF

Segundo o Ministério Público Federal, Raphael Montenegro e mais dois agentes públicos negociavam vantagens ilícitas com chefes de facções criminosas

Publicado em 17/08/2021 às 10:56

Raphael Montenegro, é preso pela Polícia Federal em sua casa na Urca. (Foto: Gabriel de Paiva/ Agência O Globo)

O Secretário Estadual de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, Raphael Montenegro, foi preso nesta terça-feira (17) pela Polícia Federal (PF).

Além dele, também foram detidos o subsecretário de Gestão Operacional, Wellington Nunes da Silva, e o superintendente Operacional, Sandro Faria Gimenes.

De acordo com as investigações, Montenegro e os outros dois agentes públicos negociavam benefícios indevidos com chefes de facções criminosas.

Os crimes seriam praticados em troca de influência sobre os locais de domínio de traficantes e outras vantagens ilícitas.

Na sexta (13), o governador do RJ, Cláudio Castro (PSC), anunciou a exoneração de Montenegro, mas a medida ainda não foi publicada no Diário Oficial do estado.

Segundo as investigações do Ministério Público Federal e do Departamento Penitenciário Federal, os agentes públicos realizaram diversas diligências, por exemplo, para viabilizar o retorno ao estado de criminosos custodiados na Penitenciária Federal de Catanduvas, presídio de segurança máxima no Paraná.

Ainda segundo a PF, os servidores liberavam a entrada de pessoas e itens proibidos em unidades prisionais estaduais e também teriam soltado um criminoso de alta periculosidade que tinha em aberto mandados de prisão.

A ação, batizada de Simonia em referência a uma prática medieval em que detentores de cargos trocavam benefícios ilegítimos por vantagens espúrias, faz parte da Missão Redentor, uma força-tarefa criada na Superintendência Regional da PF no Rio, em julho de 2021, para reprimir a criminalidade violenta, corrupção e crimes ambientais.

Quarenta agentes da Polícia Federal saíram às ruas para cumprir os três mandados de prisão preventiva e cinco de mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, uma vez que o secretário tem foro por prerrogativa de função.

Além da capital, mandados também foram cumpridos em Nova Iguaçu e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

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