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Saúde mental

Setembro Amarelo em Maricá é aberto com atividade de valorização à vida no Caps

Iniciativa reuniu dezenas de usuários atendidos no local, que interagiram em uma oficina terapêutica voltada à redução dos efeitos da ansiedade

Publicado em 02/09/2022 às 14:47

Atividades no CAPS II (Foto: Divulgação )

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, deu início na quinta-feira (01/09) às atividades voltadas ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, com uma ação de promoção à vida saudável no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II, no Centro.

Durante o evento, 37 pessoas acolhidas pelo espaço participaram de uma oficina terapêutica respiratória, promovida por profissionais que atuam no local, oferecendo um momento de tranquilidade e relaxamento, junto a dinâmicas que propiciaram o compartilhamento de experiências.

Além disso, os presentes também puderam assistir apresentações musicais de Ronaldo Valentim e Sérgio Aranda, artistas da cidade, que entoaram canções nacionais relacionadas à valorização da vida.

A iniciativa foi realizada por dez profissionais da Equipe Multiprofissional de Atenção Psicossocial (EMAP) e teve o apoio das secretarias de Cultura e Educação.

“O principal objetivo da campanha do Setembro Amarelo é conscientizar sobre a prevenção ao suicídio e, com essa ação, nos aproximamos dos usuários, otimizando o acolhimento a cada um. A grande maioria das mortes podem ser evitadas e o diálogo sobre o assunto é a melhor forma de atuarmos, enfatizando a necessidade de estarmos atentos uns aos outros. Falar sobre é o caminho, sendo um ato de cuidado conosco e com o próximo, algo fundamental para atender aqueles que precisam”, destacou Nilceia Barbosa, assistente social do Caps II.


Mobilização pela vida em toda a cidade


Durante o mês de setembro, serão promovidas diversas ações focadas na saúde mental em Maricá, com o tema “Trabalhando juntos pela vida”, envolvendo profissionais de saúde e os usuários dos serviços de atenção psicossocial.

As atividades serão descentralizadas, ocorrendo em todas as Unidades de Saúde da Família (USF) do município, nos Caps e, no dia 13 de setembro, será realizado o Fórum Permanente de Atenção Psicossocial no auditório do Banco Mumbuca (Centro).

No município, os moradores contam com acolhimento qualificado nessa área.

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é composta principalmente pelos Caps, que atuam como organizadores e reguladores da assistência aos moradores acolhidos, possibilitando a atuação conjunta e articulada entre os serviços. Atualmente, o Caps II acolhe diariamente pessoas com transtornos mentais graves, que têm acesso no espaço a atendimentos individuais, em grupos e à família, incluindo assistência especializada e oficinas, como musicoterapia, artes, de estímulo ao corpo e a mente, além do jardim (onde são plantadas e colhidas plantas medicinais).

Maricá também possui o CAPS Álcool e Outras Drogas (CAPS AD), o CAPS infanto-juvenil (CAPS I), três espaços do Serviço de Residência Terapêutica (SRT), visitas domiciliares e atividades comunitárias.

Em outra frente, quatro Equipes Multidisciplinares de Atenção Psicossocial (EMAP) estão distribuídas nos quatro distritos e atendem aos casos de adoecimento psíquico moderado, atuando junto às equipes de saúde da família.

O Samu (telefone 192), a UPA de Inoã e o Hospital Municipal Conde Modesto Leal são os pontos de atenção da Raps, atuando na retaguarda à crise dos usuários.


Campanha busca conscientizar e afastar estigmas


O Setembro Amarelo é uma campanha de valorização à vida realizada em todo o país desde 2015, tendo o dia 10 do mês marcado como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

A mobilização busca conscientizar a população sobre questões relacionadas ao suicídio, apresentando serviços de saúde e acolhimento específicos ao público que sofre com transtornos mentais.

Segundo a última pesquisa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, no Brasil, foram registrados cerca de 14 mil casos de suicídio por ano e, mundialmente, esse número chega a 700 mil por ano.

Dados como esse reforçam a importância de debater o tema e ofertar serviços específicos direcionados à saúde mental.

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