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CORONAVÍRUS

Vacina de Oxford contra Covid-19 pode estar disponível no Brasil ainda neste ano

Medicamento está sendo desenvolvido em parceria com a farmacêutica britânica AstraZeneca

Publicado em 26/06/2020 às 22:33

Vacina de Oxford é a candidata mais promissora no combate a pandemia da Covid-19. (Foto: Ilustração)

O imunizante contra o novo coronavírus desenvolvido pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica britânica AstraZeneca, está em fase mais adiantada e é considerado o mais promissor até o momento.

No início deste mês, a vacina passou a ser testada no Brasil. O país é o primeiro fora da Europa a participar da fase 3 da iniciativa. 

Em entrevista à ‘VEJA’, o presidente da AstraZeneca, Fraser Hall, afirmou que, até setembro/outubro deste ano, a empresa entregará 400 milhões de doses do medicamento. 

Fraser explicou que um dos motivos para trazer o estudo ao Brasil é pelo avanço da pandemia.

“Com uma vacina, você quer que o efeito apareça o mais rápido possível e é mais provável que aconteça em um país no qual ainda há uma alta taxa de contágio”, disse à ‘VEJA’. 

O estudo é possível graças à aprovação da Anvisa, segundo Fraser, que destaca a agilidade na aprovação.

“Escolheram o tempo total de aprovação para três dias, o que é fantástico”, diz o especialista. 

Fraser revelou à ‘VEJA’ que o processo de distribuição envolve um trabalho estatístico que será definido por várias organizações e autoridades envolvidas na pesquisa. 

Sem definir um prazo para a distribuição das doses, o especialista diz que o objetivo é entregar o medicamento ainda neste ano. 

“Espero que nas próximas semanas, antes do final de junho, nós possamos anunciar tanto o número de doses solicitadas pelo Brasil como a forma de entregar essas doses para o país”, detalhou em entrevista exclusiva à ‘VEJA’. 

Sobre expandir a produção no Brasil, o presidente da farmacêutica que tem uma unidade em Cotia, em São Paulo, diz que está avaliando todas possibilidades. 

Com capacidade inicial de produção de 1 bilhão de doses, a companhia aguarda resultados dos testes clínicos para aumentar a produção do medicamento, que já está sendo produzido antes mesmo da finalização dos testes. 

Atualmente, a pesquisa está sendo realizada no Reino Unido, EUA e Brasil. Outros países da África podem ser incluídos em breve, segundo o profissional.

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