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Bala perdida

Amigos fazem campanha para ajudar viúva de frentista morto em Tribobó

Ação está sendo divulgada nas redes sociais e pedem ajuda para chá de bebê da filha da vítima

Publicado em 02/03/2021 às 02:43

Família de Arilson Santiago fez protesto após sua morte em São Gonçalo. Ele deixa esposa grávida de cinco meses. (Foto: Reprodução/Internet)

Amigos de Arilson Santiago Pinto, de 21 anos, frentista morto após ter sido baleado quando ia de carro ao trabalho, em São Gonçalo, iniciaram uma campanha para fazer um chá de bebê para a filha da vítima.

A mulher dele está grávida de cinco meses de uma menina.

A ação está marcada para o dia 15 de março, no ponto de mototáxi no bairro Palha Seca, em São Gonçalo, próximo ao trevo, onde serão arrecadados fraldas, roupas, alimentos e todo o tipo de ajuda que as pessoas queiram contribuir.

Uma imagem com as informações da ação é divulgada pelos amigos pelas redes sociais.

O rapaz foi atingido enquanto estava no veículo, na manhã deste domingo, dia 28, no bairro do Tribobó.

O pai do frentista, Aristides Pinto, reforçou a versão de parentes e moradores de que os tiros foram disparados por policiais militares que estariam na área.

Ele esteve na manhã desta segunda-feira (01), no Instituto Médico-Legal (IML) do Rio para tratar da liberação do corpo do rapaz.

Em suas mãos, eles levavam o uniforme de trabalho de Arilson. O frentista será enterrado às 16h desta segunda-feira, em cerimônia no cemitério Memorial Parque Nycteroy, em Laranjal, São Gonçalo.

De acordo com a família, Arilson foi atingido por volta das 5h da manhã quando ia de carro ao posto de gasolina onde trabalhava, ao lado de um gerente do estabelecimento e de um outro amigo de trabalho.

Eles contam que o socorro a Arilson foi feito por amigos do jovem.

— Eles (PMs) perceberam uma movimentação suspeita de uma moto com 2 elementos, quando os policiais efetuaram os 5 disparos — contou neste domingo um parente que não quis se identificar. — Mesmo sendo levado ao hospital por amigos, ele veio a falecer, deixando esposa, uma filha que está pra nascer e a família.

Um vídeo registrado por câmera de segurança do momento em que os disparos foram efetuados contra o veículo onde Arilson estava, na altura da Rua Dalva Raposo, também foi publicado nas redes sociais.

Nele, é possível observar homens com farda semelhante à da Polícia Militar. A corporação também não se manifestou sobre isso.

Durante a tarde deste domingo, a plataforma Onde Tem Tiroteio, que registra onde há tiroteios pelo estado, com a colaboração de moradores, publicou que houve relato de tiros em Tribobó, na altura da comunidade da Palha Seca, por volta das 17h.

Pouco depois, moradores começaram uma manifestação por conta da morte do jovem.

Moradores colocaram fogo em objetos e chegaram a fechar a RJ-106.

O EXTRA questionou a Polícia Militar sobre as acusações feitas por parentes e moradores e se de fato havia a presença de policiais na comunidade Palha Seca, em Tribobó, no momento em que Arilson foi baleado e morto.

De acordo com a PM, policiais do 7º BPM (São Gonçalo) disseram que, quando estava em policiamento ostensivo pela Rua Dalva Raposo, no bairro de Tribobó, na manhã do último domingo, a equipe foi atacada por disparos de arma de fogo efetuados por criminosos locais.

Houve confronto e os marginais fugiram, e que, posteriormente, a unidade foi informada sobre a entrada de um homem no Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, ferido, que não resistiu.

A ação, de acordo com a PM, foi comunicada à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) e as armas dos policiais foram apresentadas à perícia.

A 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) também instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias do fato.

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