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GREVE

Vigilantes do Rio de Janeiro entram em greve a partir de 20 de julho

Sindicatos decidiram se unir para declarar greve por não terem sido atendidos ao pleitearem melhores condições financeiras de trabalho

Publicado em 16/07/2020 às 03:03

O SVNIT abrange mais de 2 mil vigilantes e atualmente cuida dos seguranças de Niterói, São Gonçalo, Rio Bonito e Maricá. (Foto: Reprodução)

No site do sindicato do Rio de Janeiro, o post que anuncia a greve informa que a ação "não é só por reajuste, é por dignidade". (Foto: Reprodução)

A partir do próximo dia 20 de julho, através de uma decisão dos sindicatos responsáveis, os vigilantes do Rio de Janeiro se unirão para declarar greve.

Com isso, a paralisação atingirá prédios empresariais, hospitais, shoppings, agências bancárias, fábricas, clínicas, universidades, órgãos públicos e outros estabelecimentos envolvidos que contarão com uma carga menor de seguranças.

Com o ato, os vigilantes buscam lutar por melhores condições financeiras de trabalho.

De acordo com Cláudio Oliveira, o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e Região (SVNIT), de janeiro até março, os vigilantes do estado vinham negociando por melhores condições financeiras com seus patrões, no entanto, nada que eles pediam foi atendido e, com isso, a greve se tornou necessária.  

"A nossa proposta era a inflação do período de fevereiro de 2019 para 2020 +100%. O salário base, por exemplo, é de R$ 1450,00. Se a inflação fosse de 4% pediríamos 8%, mas se a inflação fosse de 3% iríamos querer 6%. O ticket alimentação estava em R$ 22,00 por dia, pedimos, então, R$ 30,00 por dia na proposta. Na época, o patronato, no entanto, queria dar R$ 23,00 no ticket, já no salário eles queriam dar menos que a inflação. A categoria (vigilantes) não aceitou", disse Cláudio sobre o caso, explicando que eles queriam o salário mais a inflação do ano e que os patrões não quiseram ceder. 

Após esse embate, em março, com o estouro da pandemia, os patrões aproveitaram, segundo Cláudio, a medida provisória do governo para suspender as negociações e congelar os salários dos vigilantes.

Nessa época, os patrões também suspenderam o plano ambulatorial dos seguranças e congelaram o ticket, piorando a situação que já estava desagradável para a categoria de trabalhadores. A partir daí, a greve foi pensada e se fez necessária.

"Vamos fazer essa greve a partir de segunda e vamos tentar resolver isso na justiça", afirmou Cláudio.  

O SVNIT abrange mais de 2 mil vigilantes e atualmente cuida dos seguranças de Niterói, São Gonçalo, Rio Bonito e Maricá.  

No site do sindicato do Rio de Janeiro, o post que anuncia a greve informa que a ação "não é só por reajuste, é por dignidade".

A publicação também informa que os vigilantes atenderão ao efetivo mínimo de 30% por posto de trabalho e plantão, exigido pela lei da greve.

Isso quer dizer que os estabelecimentos continuarão contando com os seguranças, no entanto, eles estarão nos locais apenas pela lei e serão o necessário para preencher apenas 30% da carga de vigilantes padrão do estabelecimento.

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